Segundo Egídio Chaimite, as brigadas móveis são uma solução que se transformou em problema. Com elas pretendia-se responder à questão das longas distâncias que os eleitores têm percorrido para se recensear, mas, por vezes, essas brigadas geram confusão entre a população incluindo nos bastiões da Frelimo, como é o caso da província de Gaza.
Nesta província, mais concretamente no distrito de Manjacaze, notou-se que a necessidade de cumprimento das metas tem forçado os brigadistas a se deslocarem de forma improvisada para locais onde consideram existir eleitores ainda não recenseados. Noutras circunstâncias, a movimentação das brigadas de recenseamento é solicitada pelas lideranças locais, ou pelas populações, sem, contudo, estarem previamente planificadas, o que contraria as alegações da direcção do STAE no distrito segundo as quais há uma pré-definição dos locais de “fixação” daquelas brigadas.
Esta confusão é ilustrada pelo facto de que, já no dia de votação, alguns eleitores se aglomeram desde as primeiras horas nos locais onde anteriormente se fixaram as brigadas móveis e, portanto, fizeram o seu registo. As populações permanecem nesses locais durante horas até que, finalmente, recebem a informação da não existência de mesas de votação, geralmente por um membro da liderança local.Tal como nos outros casos, os líderes são incapazes de canalizar essa informação a todos os eleitores a tempo de evitar problemas no da de votação.
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