Wednesday, May 17, 2023

Papel das organizações no equilíbrio e elevação da mulher para o Poder

 


Em Moçambique, a desigualdade de género vem sendo reconhecida como um factor de perpetuação do subdesenvolvimento e da pobreza. Constata-se que as mulheres se encontram cada vez mais, e de um modo desproporcional e vulneráveis à pobreza onde esse factor também tem se verificado não só nas comunidades como também nas organizações através do desequilíbrio numérico entre homens e mulheres na estrutura organizacional e na liderança e ocupação de cargos de poder.

Muitas vezes, as mulheres têm se deparado com vários factores que dificultam o seu acesso a cargos de liderança, como as barreiras estruturais, a discriminação baseada nas diferenças salariais a desfavor das mulheres, o assédio sexual de que elas são vítimas, as práticas discriminatórias de recrutamento, reduzidas oportunidades de promoção e desenvolvimento nas carreiras, e a cultura organizacional, pois a estrutura organizacional é masculina e há fraca qualificação para alcançar cargos de poder e a falta de mentores para o desenvolvimento da carreira das mulheres.

Portanto, a organização joga um papel fundamental para o equilíbrio entre géneros, pois esta constitui uma das principais bandeiras de qualquer organização. No entanto, para que as mulheres alcancem e se estabeleçam em posições de relevo nas lideranças das organizações, as mulheres devem passar por um processo de orientação e acompanhamento por via de uma formação adequada,pois são importantes na promoção da igualdade de oportunidades e tratamento, aconselhamento e motivação; As organizações e as instituições podem, também, através de leis, normas, regulamentos intraorganizacionais, estabelecer mecanismos de persuasão e de ações de formação conducentes a elevação da mulher para exercício de poder e liderança; As empresas devem procurar a flexibilidade para a retenção da mulher no mercado de trabalho para que aproveitem da melhor maneira as suas competências e capacidades; A implementação de programas que permitam a conciliação trabalho-família facilitam o estabelecimento de iguais oportunidades de progressão nas carreiras para colaboradores com responsabilidades familiares. 

Contudo, não existem estratégias e fórmulas mágicas únicas relativamente ao papel da organização na promoção e gestão da equidade de género nas organizações. Diante do atual estágio, cabe, às organizações, assumirem as suas responsabilidades perante o problema. Nesse sentido, sugere-se a implementação de mudanças que procurem promover a igualdade do género baseando-se na meritocracia, com uma política organizacional que facilite essas mudanças. 

De igual modo, as mulheres devem ter objectivos, procurando acreditar em si mesmas, ultrapassando todos os desafios para que continuem conquistando seus espaços, focando-se na solução dos problemas, rumo à desejada equidade profissional, pois a presença de mulheres em número considerável nos lugares de direção das organizações permite que mais mulheres possam ter modelos de referência e, consequentemente, projetar autoconfiança e desenvolver as respetivas aspirações profissionais.

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